História do Relógio

História do Relógio

O tempo foi medido pela primeira vez, com o auxílio do sol. O percurso deste, pela abóbada celeste, proporcionou ao homem a noção do tempo em relação ao espaço. Acredita-se que o ser humano tenha começado a medir o tempo há cerca de 5000 anos. Provavelmente, um bastão fincado na terra ou tronco de árvore iluminados pelo sol, projetando sombras no solo, permitiu-lhe constatar que o movimento dessas sombras era o próprio transcorrer do tempo. Poucas dúvidas restam quanto a esse primeiro mensurador do movimento de rotação da terra.

O relógio primitivo ajudava bastante a marcação do tempo, mas a determinação de pequenas frações era ainda impossível. A necessidade e medir o tempo em intervalos menores e independentemente de situações atmosféricas levou o homem a idealizar a clepsidra, também chamado relógio, também chamado de relógio de água. Sua invenção é atribuída a Platão, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles.

A clepsidra se baseava no princípio do escoamento de um líquido do recipiente, gota a gota, por um orifício situado em sua base, entre o ponto que o recipiente estava cheio até o esvaziamento, o homem calculou um escala e dividiu o tempo. Mas a clepsidra ainda dava margem para erros, pois a contagem do tempo, nesse primeiro relógio de indicação de hora fracionada, dependia da pressão atmosférica, temperatura ou a limpidez da água. Mesmo assim para sua época teve grande utilidade e foi bastante difundida na Europa.

Mais tarde, esse relógio foi aperfeiçoado com a utilização de rodas dentadas, uma invenção da Arquimedes de Siracusa por volta de 250 a.C.

Da ampulheta ao Pêndulo

A ampulheta, também conhecida como relógio de areia, surgiu na mesma época da Clepsidra, por volta do ano 100 a.C., tendo até com ela, certa analogia.

A diferença era que, em lugar de água, o que escoava era areia fina. Durante algum tempo, a ampulheta foi o relógio mais difundido, por sua simplicidade de transporte de um local para outro. Todavia, era destinada especificamente a contagem de períodos muito curtos de tempo. Mesmo passando por grandes aperfeiçoamentos de técnicas e luxo. Algumas tinham o suporte de ouro e prata, finamente trabalhados, ao passo que a maioria era suportada por madeira entalhada.

O Fogo

O fogo foi o estágio imediato na história dos relógios. Diversos deles, baseados na combustão, foram utilizados na Idade Média. Um foi utilizado nas antigas cidades medievais para a troca da guarda dos castelos.

Uma evolução razoável n história desses marcadores de tempo apareceu com o relógio de fogo, despertador, de invenção chinesa. Consistia de uma vareta horizontalmente sobre fios de arame. Sua extremidade era acesa e, a certo ponto de sua extensão, passava-se por cima da vareta um fio de seda com duas esferas metálicas. O suporte do conjunto, geralmente feito na forma de cabeça de dragão, era colocado sobre um prato também metálico. Com o transcorrer das horas o fogo consumia a vareta até atingir o fio de seda, que, queimando soltava as duas esferas sobre o parto, provocando um ruído suficiente para acordar uma pessoa. Embora não sendo de precisão, era engenhoso.

Mas o homem queria alguma coisa mais do que relógios de sol, clepsidra, ampulhetas ou relógio de fogo. E foi assim que, por volta do ano 850 da nossa era, Pacífico, arcebispo de Verona, construiu o primeiro relógio puramente mecânico. Era formado por um conjunto de engrenagens movido por um peso. Ainda assim, o homem continuou se servindo de antiquados marcadores de tempo, até que o mecanismo ganhasse sua posição.

A precisão dos relógios chegou por volta de 1595. Diz a História que Galileu Galilei, observando o movimento de oscilação de um lustre na Catedral de Pisa, descobre e aplica a lei do Pêndulo. A relojoaria recebe, então, uma das maiores contribuições, em termos de medição precisa.


Fonte extraída:

História do Relógio por Dimas de Melo Pimenta